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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estudo Bíblico 10 - Santuário 3: O Sacerdote

Números 3:5-13 – Os levitas (da tribo de Levi) eram responsáveis pelos serviços do santuário. Eles foram escolhidos por Deus para esta tarefa porque no monte Sinai, quando o povo fez um bezerro de ouro e o adorou, os levitas foram os únicos que atenderam ao apelo do Senhor (Êxodo 32). Devido a este ato eles foram escolhidos por Deus em lugar dos primogênitos para cuidar do santuário. Os sacerdotes eram responsáveis por ministrar as cerimônias que aconteciam dentro do santuário. Eles pertenciam exclusivamente à família de Arão. Deus escolheu Arão para sumo-sacerdote e sua família para o sacerdócio (Êxodo 28:1-2). Quando Corá questionou Moisés e Arão, dizendo que eles estavam se exaltando acima do povo, Deus mostrou através da vara florida de Arão que era Ele quem o havia escolhido para o serviço de sumo-sacerdote (Números 16-17). Desde o primeiro até o último sacerdote, todos pertenceram à descendência de Arão.

A figura abaixo apresenta as vestimentas dos sacerdotes (Êxodo 28:3-43). Assim como o santuário estava repleto de simbolismo, assim também era com as vestimentas daqueles que ministravam nele. As peças em comum ao sacerdote e ao sumo-sacerdote eram a túnica de linho branco, o cinturão e a tiara. Além destas, o sumo-sacerdote usava na cabeça uma mitra com uma lâmina de ouro onde estava escrito “Santidade ao Senhor”. Por cima da túnica branca ele usava uma túnica azul, mais curta, que na barra tinha sinos de ouro e romãs de prata. Por cima desta usava o éfode, que era uma estola púrpura; este era o emblema sacerdotal. Sobre o éfode ficava o peitoral do juízo, que era quadrado e feito de ouro. Do lado esquerdo do peitoral ficava a pedra Urim (significava luz) e do lado direito a pedra Tumim (significava perfeição). Estas pedras eram usadas por Deus para comunicar Sua vontade. Quando o Urim brilhava, este era sinal da aprovação de Deus; quando o Tumim escurecia, este era um sinal da desaprovação de Deus. Ainda sobre o peitoral ficavam 12 pedras preciosas dispostas em 4 fileiras de 3 pedras. Sobre cada pedra estava escrito o nome de uma tribo de Israel. Sobre os ombros havia ainda duas pedras de ônix, e em cada uma estava gravado o nome de seis tribos. Desta maneira, o sumo-sacerdote carregava o povo de Israel no coração (peito) e sobre os ombros.


O ritual de consagração do sumo-sacerdote envolvia banhar-se, ser vestido por outra pessoa, ser ungido com óleo, e finalmente ser passado sangue em sua orelha, em seu polegar e em seu dedão do pé, o que simbolizava santificação da mente, ações e caminhos, respectivamente.

O serviço do sacerdote incluía três aspectos:

1. Mediação entre o povo e Deus – O mediador entre Deus e o povo era o profeta. O pecador não podia chegar diretamente a Deus, pois não podia entrar no santuário. Ele podia oferecer o sacrifício e matar o animal, porém o rito só seria eficaz se um mediador aspergisse o sangue e ofertasse o sacrifício. O sumo-sacerdote representava o único mediador entre o povo e Deus. Jesus desempenhou o papel tanto de sacerdote quanto de profeta. (I Timóteo 2:5)

2. Reconciliação – O pecado nos afasta de Deus (Isaías 59:2). Mas através das ofertas e do incenso que ascendia com as orações, era possível restaurar a comunhão e efetuar a reconciliação. Mais uma vez vemos um símbolo de um papel que seria desempenhado por Jesus (Romanos 5:11; II Coríntios 5:18-19).

3. Santificação – Na presença de Deus não se pode entrar de qualquer jeito. Deve-se estar preparado, purificado, ou seja, santificado. Era este o significado da mitra onde estava escrito s"antidade ao Senhor": era uma pessoa separada para Deus. O sumo-sacerdote não podia fazer uma série de coisas que o tornassem impuro, isso se estendia desde a escolha da esposa, que não podia ser uma mulher separada ou viúva, até o não poder tocar cadáveres. Moisés teve que tirar as sandálias quando entrou na presença de Deus. O estranho podia entrar apenas no pátio do templo; o pecador arrependido podia chegar até o altar; o sacerdote podia entrar no lugar santo; o sumo-sacerdote podia entrar no lugar santíssimo, uma vez por ano, após ampla preparação, e permanecer parcialmente coberto pela fumaça do incenso. Da mesma maneira, temos que mudar para chegar até a presença de Deus. Este é o significado da santificação, o processo de transformação constante que nos aproxima de Deus. A santificação é completa, tudo tem que ser santificado, primeiro o espírito, depois a alma, e por fim o corpo (I Tessalonicenses 5:23).

Quem são os sacerdotes hoje?
Hoje nós somos os sacerdotes (II Pedro 2:9; Apocalipse 1:6, 5:10).

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