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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estudo Bíblico 9 - Santuário 2: O Sistema Sacrifical

A posição aproximada da mobília no santuário está apresentada na figura abaixo. Note que quando traçamos linhas unindo as peças de mobília, uma cruz se forma. O ritual do santuário estava repleto de simbolismo que apontava para o Plano da Salvação elaborado por Deus para dar uma chance ao pecador. O ponto central deste plano é a morte de Cristo pelos pecados do homem.


Em Gênesis 3:7-9 a Bíblia nos conta que logo após pecarem, Adão e Eva notaram que estavam nus e foram se esconder de Deus. O homem pecou e desobedeceu a Deus, porém o próprio Deus o procurou, perguntando, “onde estás?”. Mesmo quando Suas criaturas estão em pecado, Deus as procura, Deus as busca, e quer lhes oferecer uma solução para o problema do pecado. No verso 15 Ele promete a Adão e Eva um Salvador, e logo em seguida, no verso 21, realiza o primeiro sacrifício por causa do pecado. Neste momento Deus estabelece o sistema sacrifical.

Por que Deus instituiu o sistema sacrifical?

Deus queria ensinar duas coisas ao homem:
1) O pecado é o afastamento de Deus (Provérbios 8:36), e acarreta morte (Romanos 6:23, Ezequiel 18:20). Deus falou que se Adão e Eva comessem do fruto morreriam, porém eles não sabiam o que era a morte, porque nunca a haviam contemplado. Quando Yuri Gagarin se tornou o primeiro homem a ir ao espaço, em 1961, proferiu a famosa frase “A Terra é azul”. Ela sempre fora azul, mas os seres humanos não sabiam disso, porque nunca a haviam visto do espaço. Hoje nós temos esse conhecimento. Da mesma forma, Adão e Eva desconheciam o significado da morte. Portanto, a primeira lição do casal foi aprender o que é a morte. Quando viu o cordeiro morto, Adão finalmente compreendeu qual seria seu futuro sem esperança se não fosse pela morte expiatória do Salvador vindouro. Antes de despedir Adão e Eva do Jardim do Éden, Deus ainda os vestiu com a pele do animal como prova de que Seu amor não iria abandoná-los. Quando instituiu o sacrifício de animais, o primeiro objetivo de Deus era que Adão e Eva e seus descendentes compreendessem a malignidade do pecado e sentissem repulsa por ele (Hebreus 1:9, Ezequiel 36:31). Esta repulsa pelo pecado é essencial para a salvação do homem, já que desta maneira, o sacrifício levaria o homem a olhar para trás, sentir nojo, nunca mais querer praticar o pecado, e consequentemente sofrer uma transformação de caráter (Ezequiel 36:26-27).
2) Deus perdoa pecadores, mas não perdoa pecados. O pecado deve ser pago com sangue (Hebreus 9:22). Se Deus perdoasse pecadores, não haveria a necessidade do sacrifício de Cristo para nos perdoar.

Deus se agradava dos sacrifícios?

Deus não se agradava dos sacrifícios em si. Eles foram estabelecidos de forma didática para ensinar ao homem sobre o Plano da Salvação, enquanto despertavam no pecador a repulsa pelo pecado e a disposição de não mais se afastar de Deus e novamente cair em pecado. Em Salmos 51:16-17 o homem apresenta este princípio, e em Isaías 1:11-17 ele é confirmado por Deus, condenando o culto hipócrita. Este era um princípio diferente do das religiões pagãs, onde os sacrifícios eram realizados para agradar aos deuses ou apaziguar a sua ira.

A lição que Deus desejava ensinar através do sistema sacrifical era que pelo sacrifício, pelo aspergir do sangue sobre o altar, sobre o incensário e sobre o véu ou a arca, pelos ensionos e mediações dos sacerdotes, Israel deveria aprender a aproximar-se de Deus. O Cordeiro de Deus morreria por eles. O sistema sacrifical era o evangelho para Israel, representava o caminho da salvação. No Antigo Testamento é dito que haveria um Salvador que deveria morrer para pagar pelo pecado dos homens (Isaías 53:4-7). No Novo Testamento Jesus é apresentado como o cumprimento do simbolismo que o sacrifício de animais representava (João 1:29). É por Sua morte que temos direito à vida.

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